domingo, 16 de novembro de 2008


Que tudo vai girar
O vento vai bater
E a direção mudar

E eu sigo, eu sigo com minha esperançaaa
Que tudo vai clarear
O jogo reverter
E mais justo ficar

sexta-feira, 20 de junho de 2008


Resquícios

Hoje descobri que em mim moram dois seres
Que a noite, e quase nunca um deles da sinal de vida.
Esta noite foi assim!
Por ser uma criatura passional
Ele decide se manifestar através de sonhos
Mas desta vez era tão real, havia sentimento.
Senti meu coração apertar
Aperto que dói!
Como dissesse: Sofre! Não foi feita pras glórias da vida, não mereces tão grande felicidade.
No sonho nós conversávamos.
Dizia-me mentiras duras, que mais pareciam verdades
E eu lhe dizia minhas mais doces verdades e por serem assim, tão cheias de sentimento, faziam lembrar um tipo de amor platónico medieval..
Passado este momento conflituoso, no qual sentimentos lindos lutavam entre si para não existir, após ter conseguido calar este ser, eu acordo!
Viro para o pequeno baú, que faço de criado mudo e nela havia uma foto.
Não me lembrava de tal foto estar ali e pra minha maior surpresa a foto era do local exato onde o sonho se passara.
Era uma foto minha de criança no quintal da frente de minha casa, estava exatamente, talvez uns passos à frente, do local onde conversávamos.
Nesse momento o outro ser decide terminar esse momento, que pra ele é de enorme angústia.
Por um instante o ser apaixonado se faz presente de maneira tão forte dando fim a tudo isso, exatamente como foi no sonho ele diz:
Eu te amo! Adeus!
.
Marcela timbó
.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Gosto de gente com a
cabeça no lugar,
de conteúdo interno,
idealismo nos olhos
e dois pés no chão da realidade.

Gosto de gente que ri,
chora,
se emociona com uma
simples carta,
um telefonema,
uma canção suave,
um bom filme,
um bom livro,
um gesto de carinho,
um abraço,
um afago.

Gente que ama e
curte saudades,
gosta de amigos,
cultiva flores,
ama os animais.
Admira paisagens,
poeira; e escuta.

Gente que tem tempo
para sorrir bondade,
semear perdão,
repartir ternuras,
compartilhar vivências
e dar espaço para as
emoções dentro de si,
emoções que fluem
naturalmente de
dentro de seu ser!

Gente que gosta de fazer
as coisas que gosta,
sem fugir de compromissos
difíceis e inadiáveis,
por mais desgastantes que sejam.

Gente que colhe,
orienta,
se entende,
aconselha,
busca a verdade e
quer sempre aprender,
mesmo que seja de
uma criança,
de um pobre,
de um analfabeto.

Gente de coração
desarmado,
sem ódio e
preconceitos baratos.
Com muito Amor
dentro de si.

Gente que erra e
reconhece,
cai e se levanta,
apanha e
assimila os golpes,
tirando lições
dos erros e fazendo redentoras
suas lágrimas e
sofrimentos.

Gosto muito de
gente assim.......e
desconfio que é
deste tipo de gente
que DEUS também gosta!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

"Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo, o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler..."

sexta-feira, 14 de março de 2008


11:00 da manhã, depois de aliviar as tensões e conseguir me concentrar desconcentrando do resto, de tudo que estava, mas que não teria relativa importância.

Assim percebendo que as coisas eram muito mais complexas..

Muitas delas passam em minha frente como um filme, o qual agora eu já não fazia parte.. vendo tudo com muito mais clareza e com um olhar crítico e não participativo...

Parte delas deixava de ter sentido, se tornando irônicas..mas ainda assim belas.

Pra quê mentir? Se iludir? Idealizar coisas irreais? Pra que meu amor, me diz?Não.. eu sei que não.. eu nunca faria isso, essas perguntas? não! É estar muito perto do fogo.

Mas confesso que sempre preferi estar nas extremidades, o mais ou menos nunca me interessou muito..

Tenho em mim vontades únicas e loucas, exatas, desconcertantes... eu quero estar perto do fogo.

Do lado de fora da janela uma chuva deliciosa cai, com um soar leve e aconchegante, como que querendo me envolver .. e eu pouco faço para não me deixar seguir e flutuar em meio a ela.

Queria estar num trem paras as estrelas nesse momento... deixando pra trás tudo que ficou e que não se imcorporou a mim, os outros farei questão de sempre levar comigo.

Paro um instante, e como que se achasse tudo muito diferente, afinal dessa vez não eram só sensações e sentimentos, dessa vez era ação e de certa forma coragem.

Começo a pensar.. pensar que seria por você estar ecrevendo tudo isso, mas no fundo algo me diz que é por mim.. sim, por mim... pra poder deixar mais alguma coisa pra trás, só que dessa vez não era uma coisa qualquer, era a coisa que mais se integrou a mim.

Como sou exagerada! Por que ser assim tão intensa, me diga meu amor? Pra que ser assim.. não serve muito depois da primeira vez, você sofre, mas depois aprende e pronto, a utilidade acaba.. pois não se repetirá da mesma maneira.

Tentando definir do que se tratava tudo isso.. pensei ser uma carta, uma carta de amor.. amor, confissão, de desejo.. E vi que tudo isso, nada mais são do que as tais vontades exigentes que possuo e que me possuem.

O telefone toca, batem a porta.. tudo em harmonia para me desconcentrar e me tirar daqui.. olho para o computador e percebo que novamente estou conectada ao mundo virtual..e que é chegada a hora.

Assim decido por ceder as casualidades do destino.

Atendo o telefone.



Alô?....


by Marcela Timbó.

terça-feira, 11 de março de 2008

Evolução.. minha própia.

Descobri que tenho desejos perenes e inalcançáveis , e a característica da minha existência é ser insaciável...eis minha natureza : a busca eterna por algo que nunca vou , de fato , alcançar.
Pois depois de chegar ao cume de uma montanha , vejo o topo de outra , ou seja ...surge um novo desejo.
É uma característica boa quando consigo ter isso como motivo de felicidade , afinal...minha busca é ilimitada , e de algum modo sou infinita e eterna.

Se eu reconhecer esse lado positivo , minha angústia não terá mais argumentos.
Afinal...eu quero sempre além , não sou medíocre como o resto da humanidade...não me contento com pouco , não quero uma TV de plasma , LCD , ou qualquer coisa da moda...não quero luxo , quero conhecimento , quero sabedoria , quero conhecer o âmago da humanidade , entendê-la...impossível!
Por ser um caminho infinito.

Quero sempre evoluir , ser mais , poder mais , conhecer mais.

Meu defeito consiste na ansiedade apenas.

Agora aprendi a parar , e a ver que conquistei mais um cume de uma montanha.
Mesmo que eu já esteja vendo outra enorme alí adiante me chamando para conquistá-la.Mas é necessário parar e sentir o vento.Sentir o prazer.

O problema em ser assim é quando não nos adaptamos à própria natureza.
Então será uma vida de tristeza e angústias por querer algo que nunca irá conquistar.
Porém as coisas que desejo não coisas internas , não são expectativas em relação ao mundo ou a pessoas.

Isso em faz lembrar novamente do AURIN , o amuleto do livro A História Sem Fim.
Ele tem uma dupla característica: Para os seres de Fantasia , como o personagem Atreyu , ele funciona como um guia pelas estradas do não-óbvio.
Para os seres humanos que visitam Fantasia , o AURIN se torna um amuleto de desejos...Bastian quando chega a fantasia descobre isso e começa a desejar e desejar...cada desejo tem um preço : uma lembrança da sua vida no mundo real.
Ele vai desejando e esquecendo. Até que não lhe resta mais muitas lembranças...e poucos desejos.

A finalidade de tudo isso é ele descobrir QUAL SUA VERDADEIRA VONTADE.
Em meio aos milhares de desejos existe uma vontade única.

Agora , sabendo de tudo isso , é muito mais fácil lidar com minha incompletude , insaciedade...
Pois é algo natural , normal em mim...e positivo.

E saber também que essa angústia é desnecessária , e que isso me levará sempre além do que muitos poderão ir.

Porque meu mundo não tem fim.
Minha história é eterna.


E o que é você senão as coisas que deseja....





Eu tenho um grande desejo nesse momento...um desejo diferente...
Pena que ele não depende da minha vontade.
Porque se dependesse de mim , estaria dando a vida para alcançá-lo.

domingo, 2 de março de 2008

O que é o amor adulto?
Um dos importantes desafioa dos tempos atuais é tentar encontrar uma solução mais adequada para o dilema que existe entre amor e individualidade. O fato é que a independência das pessoas só tem aumentado.
Ao aprofundarmos o estudo sobre o amor, pudemos verificar que o ser humano se sente incompleto- uma metade- , mas que isso é apensa uma sensação, não um fato. Sentir-se incompleto não é sinonimo de ser incompleto. Temos pavor da solidão porque ela nos lembra o desespero que vivenciamos quando, ainda bebês, nos vimos desamparados e desassitidos por noss mãe. Felizmente não somos mais criaturas dependentes e sem iniciativa. Crescemos e nos tornamos independentes, capazes de resolver sozinhos nossos dilemas e necessidades praticas. Desenvolvemos essa capacidade e não atualizamos nossa sensações, que não tem mais relação alguma com aquilo que somos.
A verdade é que somos inteiros, e não metades. É verdade que continuamos a desejar intensamente uma companhia fixa, um parceiro leal, sincero e solidário. Pessoas independentes também gostam de relacionamentos íntimos e intensos, porém estabelecem elos de pouca dependência prática, uma vez que não estam dispostos a abrir mão dos seus direitos individuais para ficar o tempo todo em função de outra criatura. Pessoas independentes estabelecem relacionamentos amorosos muito semelhantes a amizades, alianças fortes e muito ricas de intimidade- física e emocional- e de confidências.
Esses relacionamentos acontecem apenas entre criaturas independentes e que se respeitam como iguais.
Em outras palavras, está surgindo um novo tipo de relaçãoa amorosa muito mais rica e gratificante, justamente por não exigir tantos sacrifícios à individualidade quanto costumava acontecer no modo tradicional- infantil- de amar.
Cada um fará o que quiser fazer, e o casal vai encontrar-se quando for do interesse comum. Nada de concessões, brigas e estratégias de dominação. São assim as relções de amizade, nas quais o prazer da companhia é muito intenso, a lealdade é total e a intimidade compartilhada- como regra, muito mais do que nas relações amorosas- principalmente porque amigos não são juízes da conduta um do outro. Dessa forma os amigos não tem vergonha de confessar uns aos outros seus pequenos delitos e fraquezas, coisas omitidas nos relacionamentos amorosos por medo de que impliquem a perda da admiração- e o fim do relacionamento.
Esse novo modo de amar continuará a ter papel importantíssimo na vida emocional das pessoas. Será, entretanto fonte de gratificação, e não de brigas e concessões. O desejo de dominação sempre derivou essencialmente do desejo de conciliar o exercício da individualidade com o não-afastamento do amado. O novo modo de amar, será respeitos e muito menos ciumento, pois o ciúme deixará de ser visto como aceitável e como prova de amor- o que não é verdade, ele é apenas medo de perder, tanto por excessiva dependência amorosa como por interesse em geral.
Para que as pessoas possam se preparar para esse novo modo de amar, terão de se ocupar muito mais com seu crescimento pessoal. As pessoas mais dependentes, que tendem a estabelecer vínculos emocionais sofrerão muito, pois terão cada vez mais dificuldades para encontrar parceiros dispostos a participar de relaçoes possessivas. Daqui pra a frente, a vida será boa apenas para os que se perceber como inteiros e ver nos outros apenas criaturas as quais podem estabelecer vínculos de prazer e cumplicidade. A salvação não está no outro, como pensávamos. Cada um terá de cuidar de si, o outro será apenas um adorável companheiro na viagem da vida.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral,
a comum aquiescênciade
viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso,
voz modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.


Carlos Drummond de Andrade

(texto copiado da minha amiga linda.. tem tudo a ver!)

sábado, 2 de fevereiro de 2008


"O céu brilhou na terra.
A terra bem que gostou
E desse lindo caso de amor
Nosso bloco se formou..."

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


"Não tenho muito a ver com explosões, também não faço mais muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.Já tive mais a ver com espaço sideral, com galáxias, ou mesmo com estrelas, hoje preciso estar firmemente pousada sobre algo ou alguém. Abraços me seguram e neles me agarro, me desacostumei a falta de gravidade, solta demais me perco, voar eu deixo para os sonhos e projetos que ainda não realizei.Não tenho nada a ver com ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem, não me sinto a vontade onde o sol tem dificuldade de entrar; Prefiro praia, campo aberto, horizonte, vento no rosto, espaço pra correr em linha reta, ou permanecer sem sustos.Já tive mais a ver com boates, som alto impedindo a voz (rouca), com sensualidade comprada em shopping, com ajuntamento que é pura distância, com horas mortas desgastando o tempo que não volta, com a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.Já não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou pessoas. Não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não se envolve, não tomo emprestado, nem empresto.Se é caso sério que me dôo sem medo, por inteiro, mas se é bobagem, eu me abstenho antes de qualquer dor, tenho vida própria e suficiente para lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.Nada tenho a ver com não gostar de mim, me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito já me perdoei.Já não tenho a ver com galáxias, falta de romance, boate, a vida dos outros, orgulho e igreja. Meu mundo agora se resume a palavras que me perfumam, a canções que me comovem, a paixões que me fazem rir, pessoas que se entregam, amor de filho, a perguntas ainda sem respostas, a constante perseguição do que ainda não sei."