sexta-feira, 14 de março de 2008


11:00 da manhã, depois de aliviar as tensões e conseguir me concentrar desconcentrando do resto, de tudo que estava, mas que não teria relativa importância.

Assim percebendo que as coisas eram muito mais complexas..

Muitas delas passam em minha frente como um filme, o qual agora eu já não fazia parte.. vendo tudo com muito mais clareza e com um olhar crítico e não participativo...

Parte delas deixava de ter sentido, se tornando irônicas..mas ainda assim belas.

Pra quê mentir? Se iludir? Idealizar coisas irreais? Pra que meu amor, me diz?Não.. eu sei que não.. eu nunca faria isso, essas perguntas? não! É estar muito perto do fogo.

Mas confesso que sempre preferi estar nas extremidades, o mais ou menos nunca me interessou muito..

Tenho em mim vontades únicas e loucas, exatas, desconcertantes... eu quero estar perto do fogo.

Do lado de fora da janela uma chuva deliciosa cai, com um soar leve e aconchegante, como que querendo me envolver .. e eu pouco faço para não me deixar seguir e flutuar em meio a ela.

Queria estar num trem paras as estrelas nesse momento... deixando pra trás tudo que ficou e que não se imcorporou a mim, os outros farei questão de sempre levar comigo.

Paro um instante, e como que se achasse tudo muito diferente, afinal dessa vez não eram só sensações e sentimentos, dessa vez era ação e de certa forma coragem.

Começo a pensar.. pensar que seria por você estar ecrevendo tudo isso, mas no fundo algo me diz que é por mim.. sim, por mim... pra poder deixar mais alguma coisa pra trás, só que dessa vez não era uma coisa qualquer, era a coisa que mais se integrou a mim.

Como sou exagerada! Por que ser assim tão intensa, me diga meu amor? Pra que ser assim.. não serve muito depois da primeira vez, você sofre, mas depois aprende e pronto, a utilidade acaba.. pois não se repetirá da mesma maneira.

Tentando definir do que se tratava tudo isso.. pensei ser uma carta, uma carta de amor.. amor, confissão, de desejo.. E vi que tudo isso, nada mais são do que as tais vontades exigentes que possuo e que me possuem.

O telefone toca, batem a porta.. tudo em harmonia para me desconcentrar e me tirar daqui.. olho para o computador e percebo que novamente estou conectada ao mundo virtual..e que é chegada a hora.

Assim decido por ceder as casualidades do destino.

Atendo o telefone.



Alô?....


by Marcela Timbó.

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