O que é o amor adulto?
Um dos importantes desafioa dos tempos atuais é tentar encontrar uma solução mais adequada para o dilema que existe entre amor e individualidade. O fato é que a independência das pessoas só tem aumentado.
Ao aprofundarmos o estudo sobre o amor, pudemos verificar que o ser humano se sente incompleto- uma metade- , mas que isso é apensa uma sensação, não um fato. Sentir-se incompleto não é sinonimo de ser incompleto. Temos pavor da solidão porque ela nos lembra o desespero que vivenciamos quando, ainda bebês, nos vimos desamparados e desassitidos por noss mãe. Felizmente não somos mais criaturas dependentes e sem iniciativa. Crescemos e nos tornamos independentes, capazes de resolver sozinhos nossos dilemas e necessidades praticas. Desenvolvemos essa capacidade e não atualizamos nossa sensações, que não tem mais relação alguma com aquilo que somos.
A verdade é que somos inteiros, e não metades. É verdade que continuamos a desejar intensamente uma companhia fixa, um parceiro leal, sincero e solidário. Pessoas independentes também gostam de relacionamentos íntimos e intensos, porém estabelecem elos de pouca dependência prática, uma vez que não estam dispostos a abrir mão dos seus direitos individuais para ficar o tempo todo em função de outra criatura. Pessoas independentes estabelecem relacionamentos amorosos muito semelhantes a amizades, alianças fortes e muito ricas de intimidade- física e emocional- e de confidências.
Esses relacionamentos acontecem apenas entre criaturas independentes e que se respeitam como iguais.
Em outras palavras, está surgindo um novo tipo de relaçãoa amorosa muito mais rica e gratificante, justamente por não exigir tantos sacrifícios à individualidade quanto costumava acontecer no modo tradicional- infantil- de amar.
Cada um fará o que quiser fazer, e o casal vai encontrar-se quando for do interesse comum. Nada de concessões, brigas e estratégias de dominação. São assim as relções de amizade, nas quais o prazer da companhia é muito intenso, a lealdade é total e a intimidade compartilhada- como regra, muito mais do que nas relações amorosas- principalmente porque amigos não são juízes da conduta um do outro. Dessa forma os amigos não tem vergonha de confessar uns aos outros seus pequenos delitos e fraquezas, coisas omitidas nos relacionamentos amorosos por medo de que impliquem a perda da admiração- e o fim do relacionamento.
Esse novo modo de amar continuará a ter papel importantíssimo na vida emocional das pessoas. Será, entretanto fonte de gratificação, e não de brigas e concessões. O desejo de dominação sempre derivou essencialmente do desejo de conciliar o exercício da individualidade com o não-afastamento do amado. O novo modo de amar, será respeitos e muito menos ciumento, pois o ciúme deixará de ser visto como aceitável e como prova de amor- o que não é verdade, ele é apenas medo de perder, tanto por excessiva dependência amorosa como por interesse em geral.
Para que as pessoas possam se preparar para esse novo modo de amar, terão de se ocupar muito mais com seu crescimento pessoal. As pessoas mais dependentes, que tendem a estabelecer vínculos emocionais sofrerão muito, pois terão cada vez mais dificuldades para encontrar parceiros dispostos a participar de relaçoes possessivas. Daqui pra a frente, a vida será boa apenas para os que se perceber como inteiros e ver nos outros apenas criaturas as quais podem estabelecer vínculos de prazer e cumplicidade. A salvação não está no outro, como pensávamos. Cada um terá de cuidar de si, o outro será apenas um adorável companheiro na viagem da vida.
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